01 fevereiro 2007

Por àguas anteriormente navegadas, tive o prazer, findo 17 meses entrar novamente a barra do Douro, para levar acabo mais uma missão disignada por ECOIS, Fazia parte da minha guarnição
o Cabo M Fidalgo e o Cabo CM Santos.

1. OBJECTIVOS

1.1 Caracterização dos estuários do Douro e do Minho dos pontos de vista dinâmico,
hidrológico, sedimentológico e biológico, com ênfase nas trocas com a plataforma
continental, em situação de caudal significativo, centrando a atenção no papel
desempenhado pela propagação da onda de maré nos estuários.

1.2 Obtenção de dados de correntes de maré em condições padrão de coeficiente de maré
unitário nos estuários do Douro e do Minho.

1.3 Contribuir para a determinação de retardos de maré nos estuários dos rios Douro e
e, assim, melhorar a qualidade das futuras previsões.


2. INSTRUÇÕES
2.1 Áreas de trabalho

Estuário do rio Douro em toda a sua extensão, até à Barragem de Crestuma-Lever; todo
o troço navegável do estuário do Minho, até Valença. Será atribuída particular ênfase às
regiões envolventes das embocaduras dos rios Douro e Minho, aos respectivos baixos
estuários – no Douro, a jusante da ponte D. Luís I, e no Minho, a jusante da foz do
Coura .

2.2 Execução
O trabalho consistirá nos seguintes elementos:

2.2.1 Obtenção de sucessões cronológicas correntométricas e nefelométricas, com extensão
temporal de cerca de quatro semanas, em quatro locais no estuário do Douro e no
estuário do Minho, fazendo uso de ADCPs de 300, 600 ou 1200 kHz e de correntómetros Aanderaa RCM 9 fundeados nos locais indicados nas Figuras 1 e 2;

2.2.2 Ocupação de uma estação fixa em cada estuário (Porto-Massarelos e Caminha) durante períodos de 15 horas, em situações de marés-vivas (1-2 e 4 de Fevereiro) e marés­‑mortas (26-27 e 28 de Janeiro), com realização de perfis correntométricos e hidrológicos e colheitas de água para determinação de MPS, salinidade e clorofila a.

2.2.3 Observação, ao longo de um ciclo de maré, da estrutura transversal da corrente em quatro secções no troço final do estuário do Douro (Figura 1) e duas no estuário do Minho (Figura 2), empregando um ADCP em modo “bottom tracking” instalado num bote (600 kHz no Douro e 1200 kHz no Minho). No estuário do Minho, far-se-á também uma monitorização da corrente ao longo do canal dragado para navegação do ferry-boat.

2.2.4 Levantamentos hidrológicos longitudinais de ambos os estuários (Figuras 3 e 4) em enchente e vazante, em situação de águas-vivas (1/2 e 4 de Fevereiro) e águas-mortas (26/27 e 28 de Janeiro), para localização das cunhas salinas, dos máximos de turbidez e da excursão de maré, com determinação de salinidade, MPS e clorofila a.

2.2.5 Estudo da propagação da onda de maré em ambos os estuários através da observação das alturas de água em três locais em cada estuário, recorrendo a marégrafos de pressão, complementada com as alturas observadas nos correntómetros e ADCPs fundeados nos estuários; este estudo tem vindo a ser realizado desde Julho de 2005 e será prolongado para além do fim da campanha, com vista a actualizar constantes harmónicas e determinar concordâncias de maré; em apoio aos marégrafos de pressão, estão já instalados sensores de temperatura, montados em corpos de correntómetros Aanderaa RCM7, junto às posições maregráficas de Crestuma (Douro), Caminha e Vila Nova de Cerveira (Minho).

2.2.6 Lançamento de flutuadores derivantes superficiais dotados de GPS no baixo estuário do Douro, com vista a estudar a dinâmica da transferência estuário-oceano, bem como da corrente sobre a parte interna da plataforma continental (articulação entre os Projectos NICC e ECOIS); prevê-se a realização de lançamentos na posição da estação fixa nos dias 22 e 28 de Janeiro e 3 de Fevereiro, em torno dos estofos de preia-mar.

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